Escola Normal: As terças mais divertidas da Madeira
Não deixes tudo para o fim de semana

Eu e o Andreas tínhamos planeado fazer um coletivo em Copenhaga, onde vivíamos e onde nos conhecemos, mas durante a pandemia decidimos visitar a Madeira para escapar ao frio e ao isolamento de um apartamento T0 no 5º andar sem elevador. Quando chegámos aqui eramos para ficar duas semanas ao que fomos estendendo para dois meses. Durante esses dois meses cresceu em nós o desejo de mover a ideia para esta ilha maravilhosa e foi no Forte de Santiago que encontrámos os primeiros membros do coletivo que se quiseram juntar a esta aventura. Voltámos todos para as nossas terras no Verão e regressámos em Setembro para a nova casa do coletivo Escola Normal.
O que o diferencia dos outros eventos?
A nossa equipa tem 5 elementos: Catarina, Andreas, Pim, Joi e o nosso pequeno rapaz Alban. Todos nos complementamos nas nossas fragilidades o que faz com que os nossos eventos transmitam uma sensação de equilíbrio entre a loucura e o controlo. A experiencia que iniciámos ao dar uma regra às jams – no covers – levou os artistas e todos os participantes a sentirem que podem pertencer e criar à vontade, pois não existe algo que todos ou uma parte conhecem. Essa regra gerou liberdade para, como se já viu, pessoas não músicas virem ao palco dizer poesia ou falar sobre algo que estão a passar internamente. Vejo este evento como uma catarse necessária em todas as comunidades para exorcizar os males num espaço onde se sintam em família.
Todas as terças e uma vez por mês trazemos uma plataforma livre para qualquer um usar. Escolher assistir ou participar nos nossos eventos é estar a ajudar comunidades como esta a se desenvolver e a inspirar outras a nascer. A nosso ver, a cura para esta civilização está na partilha física regular e intimista de encontros em grupo, a cura para a solidão, para o ríspido julgamento e para o exercício do entreajuda.